12 de outubro de 2019

FOCO

No início deste eu escrevi isto, fiz uma lista de desejos que queria concretizar e ainda nesse mesmo dia mandei uma mensagem às minhas amigas a dizer-lhes o quanto gosto delas, quão importante para mim tinha sido o apoio delas até ali, e que me ia inspirar nelas este ano para correr riscos e aproveitar oportunidades. Ia vencer o medo de falhar, ia tentar e depois ver no que dava.

Já se passaram dez meses. Nada mudou.

Apercebi-me disto há uns dias e desde então que tenho sentido pequenos ataques de pânico. E a culpa é minha, totalmente minha. Não há cá desculpas de que não houve oportunidade, de que o momento certo não surgiu, de que o tempo foi curto. Nada disso.

Nada mudou porque eu não fiz para que algo mudasse. Eu mantive-me igual, com a mesma atitude desleixada, preguiçosa e negativa. E não sabem o quanto isso me chateia.

Hoje eu pensei: ainda faltam dois meses e meio para o final do ano, certo? Muita coisa pode mudar em dois meses e meio. Eu poderia estar agora a colher aquilo que semeei ao longo dos últimos meses, mas em vez disso vou semear e colher o máximo que puder neste tempo que resta. Vai ser como numa estufa - e perdoem-me estas analogias à agricultura, mas são os efeitos de vários meses a trabalhar na tese de mestrado.

Daqui a nada voltaremos a este assunto, mesmo que não seja para dar boas notícias.

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