2 de setembro de 2018

ENGANADA PELA PRÓPRIA FAMÍLIA

Um facto sobre mim: eu não gosto de tomate.

Eu não suporto o cheiro de tomate, não consigo estar sentada em frente a uma salada de tomate, não cozinho com tomate, eu não uso polpa de tomate  e, só porque tem um cheiro artificial, consigo tolerar o  ketchup.

No outro dia, fui com os meus pai lanchar a um sítio (não sei bem como classificar aquele lugar) e eu pedi uma baguete de presunto, tal como o meu pai e a minha irmã.

Depois de já ter dado umas três ou quatro dentadas na minha sande passou-se isto:

Eu - A minha sande tem um sabor esquisito.
Pai - A minha não.
M - A minha também não.
Eu - A minha tem. Acho que isto tem para aqui tomate.
Pai - Não tem nada.
Eu (abro a sande para inspecionar o conteúdo) - Pois não, mas tem aqui uma cena esquisita.
Pai - Deve ser da gordura do presunto.
Eu - Não é do presunto. Isto sabe a tomate.
M - Não sabe nada. Eles devem ter posto um doce qualquer.
Eu - Doce numa sande de presunto?!
Pai - Cala-te e come. Isto não tem tomate, tem doce.
Eu - Está bem. Seja lá o que for que isto tenha, sabe a tomate e eu não gosto.

Dias depois, num almoço na casa dos meus tios.

Pai - No outro dia comemos umas sandes muito boas ao lanche. Presunto e tomate. Caíram mesmo bem.
Eu - Não era presunto e tomate, era só presunto.
Pai - Não, não. Presunto e tomate. Vós tinhas que provar aquilo, que maravilha. Pincelaram a sande com as sementinhas do tomate. Hm, mesmo bom!
Eu - PRESUNTO E TOMATE?!?!
Pai - Ahmm....
Eu - EU SABIA QUE AQUILO TINHA TOMATE. SEUS ALDRABÕES, EU PODIA TER MORRIDO!!

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