A A estava com pressa porque só tinha meia hora para almoçar e ainda precisava de imprimir um documento. Como iamos almoçar juntas, fui com ela ao bloco ao lado, onde há a impressora para imprimirmos o documento. Contextualizando, nós vivemos num complexo de vários edifícios e para entrar em qualquer um temos um cartão interativo. Mas tivemos o problema de que ao passar os nossos cartões a porta não abria. Tentamos várias vezes, fizemos força na porta e mesmo assim não abria.
Quanto mais tempo perdiamos, mais a A bufava, e decidimos ir pedir ao porteiro para que nos abrisse a porta.
Porteiro - Ela abre mal, mas vá lá e faça força que ela abre.
Eu - Mas já fizemos força e não abriu.
Porteiro - Só se ela avariou de vez... Mas vão lá e tentem novamente. Às vezes é preciso passar o cartão duas ou três vezes até abrir.
A - Mas não pode o senhor ir lá abri-la? É que estou com pressa e não estamos a conseguir abrir-la.
Porteiro - Faça como disse, faça força que ela abre.
A A estava cada vez mais irritada, notava-se na forma como andava, e indignada com o porteiro. Tentamos novamente abrir a porta e ao fim de duas tentativas ela abriu. A impressora estava avariada...
Ao almoço, a A ainda remoia a situação com o porteiro.
A - Mas tu viste a lata dele? É que nem se deu ao trabalho de nos ir ajudar! "Faça força que ela abre"... Íamos estar à espera que ela abrisse sozinha? Ele que vá lá ao Hospital com uma obstipação que eu digo-lhe: faça força que isso sai.
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