18 de outubro de 2016

DEPOIS DA MEIA NOITE AS CONVERSAS SÃO OUTRAS

A - Descobri que o meu primo fuma. Fiquei chocada! Tem vinte e sete anos e só agora é que começou a fumar. Apeteceu-me dizer-lhe qual era a percentagem de pessoas que sobrevivem 5 anos a cancro do pulmão, mas depois pensei que já sou croma o suficiente calada e não disse nada. E depois as pessoas diziam-lhe que estava magro - claro, só fuma!

Eu - Já experimentei fumar para perceber o que é que as pessoas que fumam sentem, mas não percebi a mecânica disso e desisti da ideia. Simplesmente não era para mim, por isso nem me vou dar ao trabalho de repetir.

A - Acho que só sentes alguma coisa ao fim de algum tempo a fumar. Acho que inicialmente o que sentes é vómitos, tosse... O problema é a dependência que causa. E a cocaína causa dependência logo na primeira dose.

Eu - Cocaína, não. Queria experimentar alucinogénios.

A - Isso queima-te o cérebro.

Eu - Mas eu só queria experimentar uma vez para ver as sensações, entrar num universo paralelo...

A - Sim, também gostava de ver isso. Mas já viste o que é experimentares uma vez e dares cabo do teu cérebro? Arruinas a tua vida por causa de uma brincadeira.

Eu - Tens razão. É melhor estar quieta então.

A - Mas quando formos mais velhas podemos experimentar.

Eu - Sim, quando formor velhas não teremos nada a perder. Se acontecer alguma os filhos internam-nos. Temos de combinar isto!

A - Sim, fica combinado. Tu, eu, a S e a M. Afinal, não teremos nada a perder.

Eu - Mesmo assim, acho que a M não iria alinhar.

A - Não faz mal. Nós experimentamos e ela filma o resultado!

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